Por Diego Figueiredo Bandeira
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Análise Sobre o Sentido da Obra
Não se sabe se a intenção de Robert foi essa, mas
talvez ao inserir o elemento vidro ele possa ter desejado convidar os
indivíduos que entraram no labirinto a olhar e detectar as falhas de sua
própria psiquê, uma vez que o vidro traz a tona o signo de transparência e
pureza, inerentes ao espírito. É como se, entrando em contato com o labirinto,
a mente estivesse temporariamente munida de uma lente especial que lhe
favorecesse a meditação interior sobre o seu íntimo. Com tal transparência
aludida, há a idéia de ‘’tornar mais fácil’’ a detecção de tais defeitos
internos, como se os egos se manifestassem na íntegra para as pessoas. Então a
obra inconscientemente chama o observador a alertar sobre isso. A noção arquetípica
da coisa vista a partir de quando o vidro se une ao labirinto, criando uma só
coisa (um labirinto de vidro) também convida a idéia taoísta de que ‘’tudo está
em tudo’’. O bem (pureza – transparência, do vidro) se entrelaça com o mal (a
confusão do labirinto) em um mesmo objeto. Isso poderia funcionar como uma
resposta para nossa sociedade maniqueísta, que foi programada desde a infância
a conceber a dicotomia dos opostos como sendo algo ‘’separado’’, por assim
dizer, enquanto que holograficamente elas se cruzam em um ouroborus eterno.
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